Divinamente fomos contemplados com esta capacidade enriquecedora de modificarmos os nossos circuitos cerebrais de acordo com a forma como pensamos e vivenciamos. Infelizmente, nem sempre utilizamos esta consequência a nosso favor mas, a partir de reflexões e desejos de mudanças, estamos aptos a enfrentar o mundo em busca do alívio de sofrimentos, pois eles vão continuar existindo, e da desejada felicidade.
O cérebro consiste de células que estão interligadas e o aprendizado pode acontecer através da mudança da força das conexões, através de adições ou remoções de conexões ou adição de novas células. Plasticidade refere-se á adição ou remoção de conexões ou de células. Durante o século XX, acreditava-se que a região inferior cerebral e as áreas neocorticais eram imutáveis em sua estrutura depois da infância, o que significa que o aprendizado apenas aconteceria através das modificações das forças de conexão, enquanto áreas relacionadas á formação da mémoria, como o hipocampo e o giro do cíngulo, onde novos neurônios continuam a ser produzidos durante a vida adulta, eram altamente plásticos. Esta crença vem sendo desafiada por novas descobertas, sugerindo que todas as áreas do cérebro são plásticas, mesmo após a infância.
As últimas descobertas científicas revelam que o cérebro modifica com a idade e o acúmulo de experiências nos conduz á "sabedoria". Neuroplasticidade é moldar a mente, o cérebro através da atividade. Assim, de posse deste conhecimento, podemos intervir na melhora da nossa saúde pois, o esforço físico produz benefícios em nossa saúde cardiovascular e o esforço cognitvo produz benefício e preservação da nossa saúde mental, pevenindo a demência e senilidade.
Sou fascinada pelos mistérios da mente e como eles podem ter um impacto tão significativo na vida das pessoas, uma vez que elas se comportam, geralmente, de acordo com o que pensam. A neuroplasticidade nos traz uma nova esperança de lutar contra algumas dificuldades que pareciam imutáveis e por isso, escolhi este tema para inaugurar o meu blog, enchendo-o de esperança!
Fontes: Goldberg. E. Neuroplasticity. Disponível em:
